Prefeitos de Betim e Contagem criticam realização do leilão do Rodoanel

Prefeitos de Betim e Contagem criticam realização do leilão do Rodoanel.

Vittorio Medioli disse que traçado ‘vai penalizar Minas por anos a fio’. Já Marília Campos afirmou que Estado fez uma “encenação’.

 

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Prefeitos de cidades da região metropolitana criticaram a realização do leilão do Rodoanel, que foi realizado na tarde desta sexta (12), na Bolsa de Valores de São Paulo. O grupo italiano INC S.P.A saiu vencedor do processo licitatório ao apresentar uma proposta com 12% de deságio ao governo, que pagará à empresa R$ 91,1 milhões nos três primeiros anos de operação. 

O traçado do Rodoanel é cercado por críticas de municípios, entidades da sociedade civil e de moradores das cidades que serão fortemente impactadas pelo traçado. Por causa disso, há várias ações judiciais que questionam o projeto atual, alegando que os impactos sociais, urbanísticos e ambientais não foram levantados pelo governo no edital. Até uma ação na esfera eleitoral contra o governador Romeu Zema (Novo) será ingressada pela federação formada por PV, PT e PCdoB.

A Prefeitura de Betim lamentou que o Estado insista em impor uma obra tão importante sem ouvir os municípios afetados e sem qualquer estudo prévio de impacto social, urbanístico e orçamentário. "E ressalta que já está recorrendo às instâncias superiores para fazer prevalecer a legalidade, que foi ignorada neste edital".

“Esse edital não é nenhuma novidade. Já se sabia exista um grande arranjo por trás do edital, que vai penalizar por anos a fio o Estado de Minas Gerais, com encargos que não estão quantificados, que são de vários bilhões de reais que o Estado terá que gastar para atender as obrigações que assume. Em Betim, enfrentaremos a quebra do urbanismo da cidade, que será cortada ao meio. Vamos continuar na briga nas instâncias superiores (da Justiça), no STF, TSE para prevalecer a verdadeira legalidade que foi rasgada nesse ato do edital”, disse Medioli.

O prefeito ainda reforçou que o licenciamento da obra no município, do jeito que está o projeto atual, não será emitido pela prefeitura. “Betim nunca vai licenciar essa obra, e, sem a anuência do município, não tem como. Se não passar (o traçado) por fora das áreas urbanas, dos bairros, não vamos licenciar. Esse traçado destrói Betim e vai trazer muito sofrimento e perdas para a cidade e para a população”, enfatizou Vittorio Medioli.